terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Não pedimos para botar ouro nos banheiros dos estádios", diz Fifa

E quem disse pra eles que vai ter ouro?? Com ouro são outros quinhentos...


"Não pedimos para botar ouro nos banheiros dos estádios, diz Fifa

Pelo orçamento da Copa-2014, os estádios brasileiros custarão mais do que o dobro dos sul-africanos no Mundial-2010.

O fato não se justifica pela diferença no número de arenas, 12 contra 10, já que os valores brasileiros atingem valores de US$ 3,9 bilhões (R$ 7 bilhões) contra US$ 1,6 bilhão (R$ 2,85 bilhões) dos africanos. Mas o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, nega ter feito exigências extraordinárias ao país em relação à Copa-2010 que justifiquem um aumento desse tamanho nos gastos com os locais dos jogos.

Segundo ele, as demandas da entidade não cresceram em relação ao evento anterior. Ressalta que estádios de Copa do Mundo são estádios de Copa do Mundo, sem grandes diferenças entre si. E afirmou que, se há diferença nos orçamentos, os custos do Brasil e a intenção dos organizadores do Brasil de fazerem estádios mais sofisticados são a explicação para isso.

Valcke não se mostra preocupado em não ter prontos os estádios na estreia da Copa. Acredita que deve ter as arenas prontas até dezembro de 2013/div>



Folha- Em comparação entre África do Sul e Brasil, houve um aumento dos custos de estádios que mais do que dobrou. O que o senhor acha que aconteceu? As exigências da Fifa aumentaram ou foi o meio-ambiente do Brasil que elevou os custos?

Jérôme Valcke - Definitivamente, não foi a Fifa. Não é porque trabalho na Fifa que estou defendendo para não ser criticada. Mas não vem da Fifa. O nível de exigências que pedimos tem a ver com o período em que vivemos. Mas não estamos pedindo mais, mais especificidades no estádios do que na África do Sul. No final, um estádio é um estádio. Estádio, campo, salas, salas técnicas... Não pedimos para botar ouro nos banheiros, ou diamantes nas salas. Não pedimos um esquema especial de som ou vídeo diferente da África do Sul. De novo, um estádio de Copa do Mundo é um estádio de Copa do Mundo. É verdade que quando você vai usar a TV HD pode precisar de mais luz. Mas já fizemos na África do Sul. Infelizmente no Brasil, o custo de concreto, de aço, cimento é mais caro e, quando paga em dólar, quando a cotação não é boa, embora a do Brasil não seja ruim. Depende da qualidade do estádio que você quer construir. Se quer um telhado especial, definitivamente, é mais caro do que sem telhado. A Fifa não aumentou o número de requerimentos da África do Sul que justifique que os estádios custem muito mais do que África do Sul. São várias, várias coisas, mas não é a Fifa.

Os estádios serão mais sofisticados do que na África do Sul?

Os estádios da África do Sul são bem legais. Vi designs de Brasília. Com certeza, no Maracanã, é uma quantidade imensa de trabalho. Ninguém deve achar que é um estádio fácil de ser reconstruído. A maioria [dos estádios] não é só usada para jogos. Pelo que vi das fotos e designs dos estádios no Rio, há centros comerciais, e outras facilidades, para recuperar os custos mais rápido. É um centro de vida, não só de esporte. Os estádios, baseados nos designs, são bastante impressionantes.

Agora que os senhores estão com a tabela pronta estão preocupados com o andamento das obras dos estádios? Ou estão satisfeitos?

Para estar satisfeito, será no dia depois da final. Quando tudo acabar. Eu não posso estar satisfeito antes, o que faz sentido. Definitivamente, há uma preocupação no nível de preparação falando da Copa das Confederações. Por isso, reconhecemos que quatro estádios estão ok, mas há potencial para adicionar dois em junho de 2012 [data para decidir se Recife e Salvador entram]. Se não fazemos a tabela com quatro jogos. Para a Copa, não há muito preocupação. Alguns estádios vão ser entregues um pouco tarde, mas serão antes do primeiro jogo da Copa. Um dos maiores desafios é o Maracanã porque há um grande nível de trabalho. Não acho que exista nenhum estádio que, hoje, tenho medo. Nós esperamos que não sejam entregues tão tarde, pelo menos em dezembro de 2013, para que possamos fazer um teste. Não estou preocupado com estádios. Vocês sempre terão os estádios. Não é esse o ponto. O ponto é ter certeza de que em volta dos estádios esteja pronto."


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Criação de empregos formais cai 16,5% no ano, para 2,07 milhões

Em setembro, empregos formais criados somam 209 mil vagas, diz governo. Segundo governo, foi o pior mês de setembro desde o ano de 2006.

O número de empregos com carteira assinada alcançou 2,07 milhões de janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (18) pelo Ministério do Trabalho.

O resultado no acumulado do ano representa uma queda de 16,5% em relação ao mesmo perído do ano passado, quando foram abertas 2,49 milhões de vagas. Os números de criação de empregos formais do acumulado deste ano, e de igual período de 2010, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo.

Além de ter registrado queda frente ao ano passado, os dados do governo mostram que a criação de empregos formais, de janeiro a setembro deste ano, também ficou abaixo do resultado registrado em igual período de 2008 - quando foram criados 2,25 milhões de empregos com carteira assinada.


Mês de setembro

Só em setembro, foram abertas 209.078 vagas formais, uma queda de 15,3% frente ao mesmo mês do ano passado, quando foram criados 246.875 empregos formais. Foi o pior resultado para um mês de setembro desde 2006, quando foram abertos 176.735 empregos com carteira assinada.

"O principal fator da diminuição [da abertura de vagas formais] é a indústria de transformação. [O fator de ser o pior setembro em cinco anos] não preocupa. Estamos no meio de uma crise internacional, onde a resposta da demanda interna continua muito forte. A geração de emprego, apesar de ser abaixo da média, é muito robusta. Foi acima de 200 mil, maior do que o mês anterior [de agosto, quando foram abertas 199 mil empregos]", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Meta de 3 milhões de vagas não será atingida

No mês passado, Lupi admitiu que a criação de empregos com carteira assinada em 2011 deve ficar abaixo da meta inicial de três milhões de vagas. Segundo ele, a criação de empregos formais, com a incorporação dos servidores públicos (números da Rais, que só saem no próximo ano, com a incorporação dos dados dos servidores públicos), deve ficar entre 2,7 milhões e 2,9 milhões neste ano.

Somente os dados dos empregos celetistas, divulgados no resultado do Caged mensalmente, segundo Lupi, devem registrar a criação de 2,3 milhões a 2,4 milhões de vagas neste ano. "O crescimento do PIB deve ficar em 4% neste ano. Sobre o emprego formal, os meses de outubro e novembro serão muito fortes. Os serviços, o comércio varejista e atacadista devem se destacar. Acho que em dezembro deste ano, o recuo vai ficar na média [cerca de 400 mil empregos fechado]", declarou ele.

Link da matéria: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/criacao-de-empregos-formais-cai-165-ate-setembro-para-207-milhoes.html